segunda-feira, 6 de junho de 2011

Todas las voces, todas! Todas las manos, todas! À esquerda, por favor!

A eleição de Ollanta Humala no Peru dá continuidade a um processo muito importante na América Latina, a ascensão de governos de esquerda em todo o continente. É, sem dúvidas, momento de luta e festa, bem no estilo latino de ser. Endurecer sem perder a ternura. Frei Betto lembra que a história recente da grande pátria pode ser dividida em três momentos: O período ditatorial, entre os anos 60-80, onde vários países viviam sob regimes de exceção; o período neo-liberal, anos 80-90, onde a idéia de livre comércio se espalhou por essas bandas do sul; e agora o período de governos de tendência socialista e social democrata. A lista é grande e dá gosto de ver: No Paraguai o ex-bispo e teólogo da libertação Fernando Lugo. Na Argentina Cristina Kirchner. Na Bolívia o líder indígena Evo Morales. Na Venezuela o militar insurgente Hugo Chaves. Em Cuba Raul Castro. No Uruguai o ex-guerrilheiro Pepe Mojica. No equador o também influenciado pela esquerda cristã Rafael Correa. No Brasil a ex-guerrilheira Dilma Rousseff e agora no Peru Ollanta Humala. Mas o que isso significa? Duas coisas em especial. Primeiro, deixa transparente que nós latino-americanos temos processos políticos muito estreitos o que, de fato, demonstra nossa irmandade como um dia falou Bolivar. Segundo, que o crescimento da esquerda no continente é reflexo da falência e incapacidade das propostas capitalistas. A miséria e exclusão social causadas pelo sistema do capital fez com que o povo percebesse a necessidade de uma mudança radical de paradigmas. Mais do que vitórias partidárias, o atual contexto é resultado de lutas populares espalhadas pela Pachamama. Cabe a nós aproveitarmos essa oportunidade histórica e construirmos uma civilização mais justa e fraterna nessa parte colorida do globo. Mesmo os EUA não aceitando, estamos com a chance, mais do que nunca. Sejamos competentes! Venceremos!

E assim como cantou Mercedes Sosa em "Canción con todos", hino da unidade na América Latina felicitemos:

"Salgo a caminar/ Por la cintura cósmica del sur/ Piso en la región/ Más vegetal del tiempo y de la luz/ Siento al caminar/ Toda la piel de América en mi piel/ Y anda en mi sangre un río/ Que libera en mi voz/ Su caudal/

Sol de alto Perú/ Rostro Bolivia, estaño y soledad/ Un verde Brasil besa a mi Chile/ Cobre y mineral/ Subo desde el sur/ Hacia la entraña América y total/ Pura raíz de un grito/ Destinado a crecer/ Y a estallar./

Todas las voces, todas/ Todas las manos, todas/ Toda la sangre puede/ Ser canción en el viento./

¡Canta conmigo, canta/ Hermano americano/ Libera tu esperanza/ Con un grito en la voz"

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