quarta-feira, 4 de março de 2009

A paz é fruto da justiça

A paz é fruto da justiça. E a justiça, em que solo brota? Somente naquele solo raro e fértil chamado caridade é que ela germina. E esse solo chamado caridade, onde encontramos? Podemos achá-lo nos locais mais diversos, mas sobretudo numa ilha chamada cristianismo. Se navergarmos um pouco acharemos várias ilhas com esse nome, umas maiores, outras menores, umas feias, outras bonitas. Às vezes, em razão do grande número, até jogamos nossa âncora em algumas delas, mas depois de um passeio no litoral vemos não ser a verdadeira ilha cristiânica.
A CNBB com mais uma capanha da fraternidade provou ser um pedacinho da verdadeira ilha, apesar de hoje isolada. A CNBB é um dos poucos redutos do cristianismo libertador, aquele nascido do Concílio Vaticano II e que procurou a radicalidade de Cristo. Aquele Cristo que quando perguntado sobre qual era o maior mandamento respondeu que haviam dois, amar a Deus sobre todas as coisas e a teu irmão como a ti mesmo (Mc 12, 28-34).
Infelizmente a igreja hoje em sua maioria é refém desse sistema individualista, a qual ha um cultivo exagerado do "EU", esquecendo-se do ele, do nós. Vive-se um cristianismo superficial e pela metade.
Esse cena me chamou a atenção. Acima a prescrição pela justiça. Abaixo a injustiça materializada . O conflito entre duas igrejas. Uma que ama, a outra que se ama. Fico imaginando se isso aconteceria numa igreja de Dom Helder, de Dom Pedro Casaldáliga, de Oscar Romero....
Busca-se tanto a satisfação pessoal que não ligamos para as pessoas que ficaram pelo caminho, pior, para as que nem chagaram a levantar-se para caminhar.
Mas a utopia vive, pois Cristo vive. Meu pastor se fez cordeiro, sevidor se fez meu rei (Dom Pedro Casaldáliga).
Hoje Cristo encontrou sua igreja de portas fechas, em vez do sacrário seu peito teve como berço o chão frio de uma tarde chuvosa.

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